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A origem da harmonia

O significado da harmonia, desde o Classicismo ao Modernismo.

A harmonia é definida como um “arranjo agradável das partes”, sejam elas notas numa melodia, narrativas em paralelo ou uma ordem visual de composição e cor. O conceito da harmonia remonte a Pitágoras, o primeiro matemático que viu os números como a grande relação do universo. E claro, na matemática, todos os números devem ser congruentes. A própria raiz da palavra, “harmos”, significa juntar, ligar e encaixar. É por isso que na mitologia grega, Harmonia é a deusa da harmonia e da concórdia, no sentido de que estar em harmonia é estar em paz, acomodado, calmo.

As raízes de harmonia

Quando pensamos em harmonia, vem-nos à mente uma sinfonia de sons, uma série de notas ou acordes tocados simultaneamente. Embora o sistema de afinação seja atribuído a Pitágoras, no século IV a.C., muitos outros matemáticos, físicos e filósofos contribuíram para o estudo da harmonia, como Aristóteles, Platão, Ptolomeu e Euclides.

No século XII, a palavra grega e latina “harmonia” era entendida como um “acordo de sons”. E no século XIV, o termo “harmonie”, em francês antigo, significava “uma combinação de tons agradáveis ao ouvido”.

O compositor francês Jean-Phillipe Rameau (1638-1764) publicou o Traité de l’harmonie em 1722. Continua a ser um dos principais escritos sobre tonalidade e linguagem harmónica. Rameau recorreu à ciência para explicar a natureza deste fenómeno musical, estabelecendo uma relação entre os princípios da música tonal e a física do som e da acústica.

O conceito de harmonia continua a ser estudado pelos teóricos da música, que se perguntam porque é que ao longo do tempo há determinados sons que são agradáveis para o ouvido. Na verdade, os estudos demonstram que os bebés reconhecem a harmonia. Essa tonalidade da harmonia é tipificada pelo cânone da música - através dos estilos e das épocas -, desde Bach a Beethoven, Brahms a Mahler, e por aí fora, passando pelo jazz, pelo gospel e pela música pop de hoje em dia.

Capa do “Traité de l’harmonie” de Jean-Phillipe Rameau, 1722.
A visão da harmonia
Paul Klee, “Motion of a Landscape”, 1914, Los Angeles County Museum of Art (LACMA), Oferta de Janice e Henri Lazarof, ©2021 Digital Image Museum Associates/LACMA/Art Resource NY/Scala, Florência.

A beleza que encontramos na música está no cerne da procura moderna concetual da harmonia na arquitetura e na arte. Tal como o nosso corpo está intrinsecamente afinado com o som da harmonia, também o está com a visão e a sensação que ela provoca. É algo de que desejamos estar rodeados, para nos inspirar, equilibrar e dar-nos conforto.

Um dos primeiros exemplos de harmonia na arquitetura é o Parténon, em Atenas. Apresenta os ideais da matemática como explicados na natureza, ao mesmo tempo que marca uma expressão mais dinâmica do design do que as estruturas monumentais anteriores. Combina um entendimento perfeito da proporção e uma apreciação de estilo, seguindo a razão de comprimento para largura de 9:4, uma característica da arquitetura clássica.

A arquitetura moderna leva este ideal de proporções perfeitas ainda mais longe. A ornamentação é reduzida em prol das superfícies planas, linhas minimalistas, assimetria no equilíbrio, geometrias simples e materiais sem adornos, por vezes até em bruto. Estes eram os princípios fundamentais do movimento da Bauhaus, no início do século XX., materializados em designs de Ludwig Mies van der Rohe e Marcel Breuer, que influenciariam designers como Philip Johnson.

Estes ideais não se limitavam ao design, também se aplicavam à arte. Claro que sempre esteve entre as principais preocupações dos artistas uma composição equilibrada entre o fundo e o primeiro plano, e entre o tema e a perspetiva. A abstração, no entanto, permitiu aos artistas investigar os princípios da harmonia sem as restrições da representação. Também os artistas reduziram o seu foco ao material e ao âmbito, seja preto, branco ou as cores primárias (vermelho, amarelo, azul). Piet Mondrian, Josef Albers, Wassily Kandinsky e Paul Klee procuraram a harmonia na imagem, fugindo até da opção óbvia da simetria para investigar limites e fronteiras mais remotos do equilíbrio.

Mondrian, por exemplo, era conhecido por ter o seu estúdio pouco iluminado e por abordar as suas telas num estado quase meditativo. Se ao admirarmos uma obra, tivermos a sensação de estar a olhar para o mar ou uma floresta ao crepúsculo, então a obra é um sucesso. Estes mestres da arte moderna acreditavam que, na sua procura da harmonia na tela, acabariam por chegar à própria essência, ao âmago, à beleza mais verdadeira.

Em busca da harmonia

Harmonia: intrínseca à natureza, é uma série de elementos em concórdia, separados, mas unidos. Desde tempos imemoriais, os artistas perseguiram a harmonia, procurando criar um equilíbrio dinâmico, um todo maior do que as suas partes. No entanto, embora a harmonia seja procurada por muitos, é dominada por poucos.

Os cientistas da La Prairie procuraram dominar a harmonia da juventude, uma harmonia fugaz. A investigação científica culminou numa inovação centrada nos ligamentos da pele, os pilares verticais da pele. Os ligamentos da pele estão diretamente relacionados com os elementos essenciais da harmonia facial e, no entanto, os produtos de cuidados da pele ainda não atuam sobre eles.

O resultado de anos de investigação é o novo ingrediente do caviar, o Caviar Infinito, uma mistura perfeita de ingredientes do caviar enriquecida com um ativo específico de elevada eficácia, concebido para fortalecer e redensificar visivelmente a pele.

O Caviar Infinito encontra-se no novo Skin Caviar Harmony L'Extrait, que abre um novo capítulo na ciência do efeito lifting e refirmante. A harmonia da juventude é dominada.

 
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